A Ilha da Noite Para aqueles que amam o maravilhoso mundo criado pela Mestra inigualável Anne Rice. Lestat, Louis, Armand, Marius, Mayfairs, A Talamasca... Todos estão aqui. |
| | A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS | |
| |
Autor | Mensagem |
---|
Malkav
Maharet (2000)
Mensagens : 4303 Data de inscrição : 16/12/2010 Localização : Napoleonville
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 8/3/2011, 7:41 pm | |
| =
AHUAHUAHUHUAHUAHUHUA to ligado doidão... só quiz ilustrar a situação hhehehe |
| | | Leslie de Lioncourt
Armand (300)
Mensagens : 306 Data de inscrição : 20/04/2011 Localização : New Orleans
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 8/4/2011, 12:30 pm | |
| Aaiai, gente, eu amo vocês XD *deu corda pro assunto dos óculos, desculpa Jaja 8D* Bem, como eu já li Ladrão de Corpos acho que vou fazer um artigo de opinião pra colocar aqui XD, eu devia ter feito isso antes. Adoro comentar sobre os livros. Também preciso ler os tópicos dos outros volumes, gosto muito de ouvir a opinião de vocês. Quero escrever textos maiores, o problema é o tempo ;_; |
| | | Isa
Louis (100)
Mensagens : 275 Data de inscrição : 10/06/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 11:38 am | |
| Gente, não sei se já tiraram essa dúvida aqui, me perdoem a falta de tempo de ler 21 páginas neste tópico..^^" Bom, eu estava lendo a Historia do Ladrao de Corpos e me deparei com a primeira cena com o Louis, e o seguinte diálogo: - Citação :
- [Louis]-Pois chore.Gostaria de vê-lo chorar.Li muito sobre seu choro nas páginas dos seus livros, mas nunca o vi pessoalmente.
[Lestat]-Ah,isso faz de você o mais perfeito mentiroso. Você descreveu meu choro em suas miseráveis memórias, numa cena que nós dois sabemos que nunca aconteceu! Gente, a curiosidade aqui não quer calar e minha memória também não ajuda. Qual é essa cena que o Louis descreveu e que nunca aconteceu?.-. |
| | | . Foxy .
Maharet (2000)
Mensagens : 2255 Data de inscrição : 11/08/2010 Localização : Sem local definido
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 12:48 pm | |
| Provavelmente deve se tratar de quando a Claudia estava 'matando' o Lestat, e ele em desespero pede ajuda ao Louis que não faz nada. |
| | | Isa
Louis (100)
Mensagens : 275 Data de inscrição : 10/06/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 12:54 pm | |
| Mas no caso, essa cena aconteceu, não?
Pelo que o lestat falou, dá para entender que o louis inventou alguma cena no livro dele que nao aconteceu de fato...minha curiosidade relmente nao quer calar e estou sem o Entrevista aqui comigo..=( |
| | | Jaja de Lioncourt
Administrador
Mensagens : 6615 Data de inscrição : 03/01/2009 Localização : New Orleans
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 3:41 pm | |
| Ih. Bateu o alzheimer... |
| | | . Foxy .
Maharet (2000)
Mensagens : 2255 Data de inscrição : 11/08/2010 Localização : Sem local definido
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 4:33 pm | |
| Talvez o Lestat esteja só querendo dizer que o Louis 'inventou' o sentimento de dor por ver o Lestat morrendo. Mesmo que ele sentisse de fato e o Lestat não pudesse acreditar. Acho que não se trata de uma cena por assim dizer; e mais da situação... |
| | | Isa
Louis (100)
Mensagens : 275 Data de inscrição : 10/06/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 5:27 pm | |
| hum...faz sentido Foxy..
Bem, mas também fiquei pensando aqui...Naquela ultima cena do Entrevista com o Vampiro, que o Louis se encontra com o Lestat anos depois, e o Lestat pede para o Louis nao ir embora, ficar com ele e tal e o Louis mesmo assim vai, alguem se lembra (ou tem o livro aí para ver) se o Lestat chora nessa cena? Se no Entrevista com o Vampiro ele chora nesta cena, to começando a desconfiar que essa cena foi inventada pelo Louis, e que eles nao tenham se encontrado no século 20 (só depois, claro, no final do Vampiro Lestat)...
Será? Deu para entender qual cena estou me referindo? Estou viajando?.-. |
| | | . Foxy .
Maharet (2000)
Mensagens : 2255 Data de inscrição : 11/08/2010 Localização : Sem local definido
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 5:33 pm | |
| Eles não se encontraram! Eles só vão se ver de novo no Vampiro Lestat; mas não posso te garantir que a cena do filme esteja também no livro. |
| | | Isa
Louis (100)
Mensagens : 275 Data de inscrição : 10/06/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 6:31 pm | |
| Ah essa ultima cena do filme tem no livro do Entrevista com o Vampiro tambem, tenho certeza pois li o livro antes de ter visto o filme...(so nao lembro dos detalhes da cena) Entao é verdade??=O O louis de fato inventou a ultima cena do livro dele que ele se encontra com o Lestat? Mas entao como o Daniel ficou sabendo onde morava o Lestat? Ou aquele endereco o Louis inventou tambem?
(perdoem minha confusao...rsrs) |
| | | Isa
Louis (100)
Mensagens : 275 Data de inscrição : 10/06/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 7:07 pm | |
| gente, baixei o livro para poder me explicar melhor. Quer dizer que toda essa cena abaixo foi simplesmente inventada pelo Louis? cena Entrevista com o Vampiro: - Spoiler:
Vi algo surpreendente pelas janelas compridas e baixas. Pois apesar do calor da noite sem aragem, na qual a varanda, mesmo com suas tábuas soltas e quebradas, deveria ser o único local tolerável para um ser humano ou para um vampiro, uma lareira ardia na saleta, todas as janelas estavam fechadas, e o vampiro jovem sentado junto ao fogo falava com outro vampiro que pairava bem próximo, os pés calçados apoiados na lareira quente e os dedos trêmulos puxando sem parar as lapelas de seu roto roupão azul. E, apesar de um fio elétrico pender de um ramo de rosas pintado no teto, apenas uma lamparina acrescentava sua luz frágil à do fogo, uma lamparina que repousava ao lado da criança aos prantos numa mesa próxima. - Meus olhos se arregalaram ao analisar aquele vampiro trêmulo e recurvado cujo belo cabelo louro pendia em ondas que lhe cobriam o rosto. Quis espanar a poeira da vidraça que não me deixava confirmar minha suspeita. - Todos vocês me abandonaram! - lamuriou-se então num tom agudo. - Não pode nos prender aqui - respondeu rispidamente constrangido vampiro jovem. Estava sentado de pernas cruzadas, braços dobrados sobre o peito estreito, vasculhando a sala vazia e empoeirada com desdém. - Oh, cale a boca! - disse debilmente o vampiro louro, e quando se inclinou para entregar ao outro o combustível que encontrara ao lado da cadeira, vi claramente, inequivocamente, o perfil de Lestat, aquela pele macia agora livre do menor vestígio das velhas cicatrizes. - Se pelo menos saísse - disse o outro zangado, jogando uma tora nas brasas. - Se ao menos calçasse algo além desses miseráveis animais... - e olhou a seu redor enojado. - Vi então, nas sombras, pequenos cadáveres peludos de vários gatos, que jaziam amontoados na poeira. Era algo inusitado, pois o vampiro não tem mais capacidade de suportar a presença de suas vítimas mortas do que qualquer mamífero de permanecer no lugar onde deixou seus restos. - Sabe que é verão? - perguntou o jovem. Lestat simplesmente esfregou as mãos. O choro do bebê cessou, mas o vampiro concluiu: - Vá logo, pegue-o que ficará mais quente. - Devia ter me trazido algo mais! - disse Lestat amargamente. E, ao olhar para o bebê, vi seus olhos tremerem contra a luz fraca da lâmpada enfumaçada. Senti que reconhecia bruscamente aqueles olhos, até mesmo a expressão sob a sombra da onda cheia de seu cabelo louro. E ainda ouvi aquela voz fanhosa, e vi aquelas costas curvas e trêmulas! Quase sem pensar bati com força no vidro. O vampiro jovem se levantou, assumindo uma expressão dura e má. Mas eu simplesmente acenei para que abrisse o trinco. E Lestat, apertando o roupão no pescoço, se levantou da cadeira. - É Louis, Louis - disse. - Deixe-o entrar. - E acenou freneticamente, como um inválido, para que o jovem "enfermeiro" lhe obedecesse. Assim que a janela se abriu senti o fedor da sala e seu calor sufocante. O fervilhar dos insetos nos animais apodrecidos feriu meus sentidos e fez-me recuar sem querer, apesar das súplicas desesperadas de Lestat para que me aproximasse. Ali, num canto afastado, estava o caixão onde dormia, a laca descascando-se da madeira, quase encoberto pelas pilhas de jornais amarelados. E havia ossos pelos cantos, completamente limpos, a não ser pelos tufos de pêlo. Mas Lestat tinha agora as mãos secas entre as minhas, podia ver lágrimas brotando em seus olhos, e apenas quando sua boca se estirou num estranho sorriso de desesperada felicidade que se aproximava da dor, vi os traços tênues das velhas cicatrizes. Como era desconcertante e horrendo, este homem imortal trêmulo e sem rugas, recurvado, alquebrado e lamuriento como uma velha. - Sim, Lestat - falei novamente. - Vim vê-lo. Afastei suas mãos delicadamente, recuei devagar e me aproximei lentamente do bebê, que agora chorava desesperado de medo e fome. Assim que o ergui e afrouxei a manta, se acalmou um pouco, e então o afaguei e embalei. Lestat murmurava palavras rápidas e mal articuladas que não conseguia compreender, lágrimas banhando-lhe as face, o vampiro jovem na janela aberta com um ar de desprezo, e uma mão no trinco da janela, como se pretendesse fechá-la a qualquer instante. - Então você é Louis - disse o jovem. - Isto pareceu aumentar a indescritível excitação de Lestat, que limpou freneticamente as lágrimas com a ponta do roupão. Uma mosca pousou na testa do bebê, e involuntariamente engasguei ao apertá-la entre dois dedos e lançá-la morta ao chão. A criança não estava mais chorando. Fitava-me com olhos extraordinariamente azuis, olhos azuis-escuros, seu rosto gorducho úmido devido ao calor, e um sorriso nos lábios, um sorriso que ficava cada vez mais intenso, como uma chama. Nunca tinha provocado a morte de algo tão tenro, tão inocente, e tive consciência disto ao segurar a criança com uma estranha sensação de pesar, mais forte do que a que me invadira na Rua Royale. E, embalando o bebê delicadamente, puxei a cadeira do vampiro jovem para a lareira e me sentei. - Não tente falar... está tudo bem - disse para Lestat, que se abateu agradecido na cadeira e se estirou para alisar as lapelas de meu casaco com as duas mãos. - Mas estou tão feliz de vê-lo - balbuciou entre lágrimas. - Sonhei com sua volta... - falou. E então fez uma careta, como se sentisse uma dor que não sabia identificar, e mais uma vez o delicado mapa de cicatrizes apareceu por um instante. Seu olhar era vago e levou as mãos aos ouvidos, como se quisesse se proteger de um som terrível. - Eu não... - recomeçou. E então sacudiu a cabeça, os olhos se enevoando ao se arregalarem, como se não tivessem foco. - Não queria deixá-los fazer aquilo, Louis... Quero dizer que Santiago... aquele, sabe, não me disse o que pretendiam fazer. - Isto pertence ao passado, Lestat. - Sim, sim - assentiu vigorosamente. - Ao passado, Ela nunca deveria... por que, Louis, você sabe... . - E sacudia a cabeça, a voz parecendo adquirir força, ou alguma ressonância, com o esforço. - Ela nunca deveria ter se tornado uma de nós, Louis - e esmurrou o peito encolhido, repetindo: - Nós - baixinho. - Ela. Já me parecia que nunca havia existido. Que tinha sido algum sonho ilógico, fantástico, que me era precioso e pessoal demais para confidenciá-lo a alguém. E acontecido há muito tempo. Olhei para ele. Fitei-o. E tentei pensar: Sim, nós três juntos. - Não tenha medo de mim, Lestat - disse, como se falasse comigo mesmo. - Não lhe farei mal. - Voltou para mim, Louis - murmurou, com aquela voz aguda, esganiçada. - Voltou para casa, Louis, não foi? - E mais uma vez mordeu os lábios, me olhando desesperado. - Não, Lestat - sacudi a cabeça. Por um momento ele ficou agitado, tentou iniciar um gesto, depois outro, finalmente ficou sentado, cobrindo o rosto com as mãos, num paroxismo de tristeza. O outro vampiro, que me analisava friamente, perguntou: - Está... Voltou para ele? - Não, claro que não - respondi. E ele sorriu afetadamente, como se fosse exatamente o que esperava, que tudo ficasse em suas mãos de novo, e caminhou para a varanda. Podia ouvi-lo muito próximo, esperando. - Apenas queria vê-lo, Lestat - falei. Mas não pareceu me ouvir. Algo o tinha distraído. Tinha os olhos arregalados, as mãos pairavam próximas aos ouvidos. Então também ouvi. Era uma sirene. E conforme foi se tornando mais alta, seus olhos se fecharam e os dedos cobriram as orelhas. E ficou ainda mais alta, vinda de uma rua do centro. - Lestat! - disse-lhe entre os gritos do bebê, que se elevavam com o mesmo medo terrível da sirene. Mas sua agonia me arrasou. Seus lábios deixavam ver os dentes, em uma horrível careta de dor. - Lestat, é apenas uma sirene! - repeti estupidamente. E então ele se inclinou na cadeira, me agarrou e se abraçou com tanta força a mim que, sem querer, peguei sua mão. Ele se curvou, apertando a cabeça em meu peito e segurando minha mão tão fortemente que provocava dor. A sala se encheu com o piscar da luz vermelha da sirene que depois começou a se afastar. - Louis, não agüento, não agüento! - rosnou entre as lágrimas. - Ajude-me, Louis, Louis, fique comigo. - Mas por que tem medo? = perguntei. - Não sabe o que é? E ao baixar os olhos para ele, ao ver seu cabelo louro contra meu casaco, tive uma visão de como era há muito tempo atrás, aquele cavalheiro alto e firme, numa esvoaçante capa preta, a cabeça erguida, a voz melodiosa e imaculada entoando uma frase da ópera que acabávamos de assistir, seus passos ressoando nos paralelepípedos para marcar o ritmo da música, seus olhos grandes e brilhantes alcançando a jovem que parava enlevada, fazendo um sorriso nascer em seu rosto enquanto a canção morria. E por um momento, aquele exato momento em que seus olhos se encontravam, todo mal parecia apagado por aquela torrente de prazer, aquela paixão pelo simples fato de estar vivo, - Era este o preço daquele envolvimento? Uma sensibilidade chocada pela mudança, trêmula de medo? Pensei, silencioso, em todas as coisas que poderia lhe dizer, como poderia fazê-lo lembrar que era imortal e nada o condenava àquele retraimento, a não ser ele próprio, e que estava cercado pelos sinais inconfundíveis da morte inevitável. Mas não disse tais coisas, e compreendi que nunca as diria. - Parecia que o silêncio se avolumava de novo à nossa volta, como um mar escuro que a sirene havia afastado. As moscas fervilhavam no corpo supurado de um rato, a criança me olhava calmamente como se meus olhos fossem bolas brilhantes, e sua mão diminuta se fechou sobre o dedo que eu havia pousado na minúscula boca aveludada. Lestat tinha se levantado, endireitado o corpo, mas apenas para se curvar de novo e afundar na cadeira. - Não ficará comigo - suspirou. Mas então seu olhar vagou e pareceu subitamente distraído. - Queria tanto falar com você - disse. - Naquela noite que voltei para casa, na Rua Royale, queria apenas falar com você! Tremeu violentamente, olhos fechados, a garganta parecendo se contrair. Era como se os socos que eu desferira o atingissem naquele momento. Olhava inexpressivamente para o nada, a língua umedecendo os lábios, a voz baixa, quase natural. - Fui a Paris procurá-lo... - O que queria me dizer? - perguntei. Sobre o que desejava falar? - Lembrava muito bem de sua louca insistência no Teatro dos Vampiros. Há anos não pensava nisso. Não, jamais pensara. E tinha consciência de que agora falava no assunto com grande relutância. - Mas ele apenas riu para mim, um sorriso insípido, quase desculposo. E sacudiu a cabeça. Vi seus olhos se encherem de um desespero suave, turvo. - Senti um alívio profundo e inegável. - Mas ficará aqui! - insistiu. - Não - respondi. - E nem eu! - disse o vampiro jovem, afastado na escuridão. E parou um segundo na janela aberta a nos olhar. Lestat levantou os olhos e depois os afastou covardemente, enquanto seus lábios pareciam se engrossar e tremer. - Feche, feche - disse, apontando a janela. Depois um soluço irrompeu de seu peito e, cobrindo a boca com a mão, abaixou a cabeça e chorou. - O vampiro jovem havia partido. Ouvi seus passos rápidos, ouvi a pancada forte do portão de ferro. Eu estava sozinho com Lestat, e ele chorava. Acho que demorou muito até parar, e durante este tempo todo não fiz mais que observá-lo. Pensava em tudo que acontecera entre nós. Lembrava coisas que supunha esquecidas. E tomei consciência daquela mesma tristeza desnorteante que sentira ao ver o lugar da Rua Royale em que havíamos morado. Apenas não me parecia ser uma tristeza por Lestat, aquele vampiro alegre e esperto que vivera ali. Parecia ser uma tristeza por algo mais, algo acima de Lestat, que apenas o incluía e fazia parte da terrível tristeza por tudo que eu perdera, amara ou descobrira. Parecia estar em outro lugar, em outra época. E este lugar e esta época eram muito reais, era um quarto onde os insetos zumbiam como zumbiam ali, o ar era abafado e carregado de morte e perfume da primavera. Eu estava prestes a descobrir este lugar e, junto com ele, uma dor terrível, uma dor tão terrível que minha mente fugiu, dizendo: - Não, não me leve de volta para aquele lugar. E, de repente, tudo começou a desaparecer e voltar para aqui e agora com Lestat. Atônito, vi minhas próprias lágrimas caírem no rosto da criança. E percebi seu brilho sobre as faces, e vi as faces ficarem muito roliças com o sorriso da criança. Devia ter visto a luz nas lágrimas. Levei a mão ao rosto e enxuguei as lágrimas que realmente estavam lá, e olhei-as espantado. - Mas Louis... - dizia Lestat em voz baixa. - Como pode ser assim, como pode suportar? - estava me olhando, a boca com a mesma careta, a face banhada de lágrimas. - Diga-me, Louis, ajude-me a compreender! Como consegue compreender tudo, como consegue suportar? - E no desespero de seus olhos, no tom profundo de sua voz pude ver que ele também estava penetrando em algo que lhe era muito doloroso, num lugar onde há muito não se aventurava. Mas então, mesmo enquanto eu o olhava, pareceu ficar confuso, embaraçado. Apertou o roupão e, sacudindo a cabeça, olhou para o fogo. Um calafrio o percorreu e ele gemeu. - Agora preciso ir, Lestat - falei. Estava cansado, dele e de sua tristeza. E ansiei pela quietude lá de fora, aquela calma perfeita a que me acostumara tanto. Mas percebi, ao me levantar, que estava levando o bebezinho comigo. Lestat me fitava agora com seus olhos grandes e agoniados, seu rosto macio, sem idade. - Mas voltará... virá me visitar... Louis?disse. Afastei-me, ouvindo-o me chamar, e deixei a casa em silêncio. Quando cheguei na rua, olhei para trás e pude vê-lo pairando na janela como se tivesse medo de sair. Compreendi que não saía há muito tempo, muito tempo, e me ocorreu que talvez nunca mais saísse de novo. - Voltei à casa de onde o vampiro tinha tirado a criança e deixei-a em seu berço.
Meu pareceu tao veridico, com tantos detalhes, e ainda por cima depois no livro ele comentou esse encontro com o Armand...ser'a que inventou a cena com Armand tambem? |
| | | . Foxy .
Maharet (2000)
Mensagens : 2255 Data de inscrição : 11/08/2010 Localização : Sem local definido
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 7:10 pm | |
| Bem... Pode ser um lapso da minha memória; mas não lembro do Lestat comentando nada sobre um encontro deles antes de Vampiro Lestat... Alguem ai lembra-se bem disso? |
| | | Dead
Pandora (500)
Mensagens : 721 Data de inscrição : 23/05/2011 Localização : Maringá Pr
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 7:11 pm | |
| PQP Isso não é spoiler e praticamente metade do livro aki no site |
| | | Isa
Louis (100)
Mensagens : 275 Data de inscrição : 10/06/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 7:17 pm | |
| - . Foxy . escreveu:
- Bem... Pode ser um lapso da minha memória; mas não lembro do Lestat comentando nada sobre um encontro deles antes de Vampiro Lestat... Alguem ai lembra-se bem disso?
Pois eh...no Vanpiro Lestat nao tem esta cena, pensei que o Lestat simplesmente nao achou importante para coloca-la no livro dele, nem comentou nada, mas pode ser que essa cena realmente nao tenha existido! Mas porque o Louis ia inventar uma cena tao dramatica, sabendo que o Lestat podia ler? Tambem pode ser o caso do Lestat estar mentindo quando diz que a cena na existiu, ja que a Historia do Ladrao de Corpos foi escrita por ele...nao sabemos em quem confiar! estou confusa...aiai .-. |
| | | . Foxy .
Maharet (2000)
Mensagens : 2255 Data de inscrição : 11/08/2010 Localização : Sem local definido
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 7:54 pm | |
| O Louis estava interessado em ser fiel a história? Todos nós sabemos que o Lestat não é o monstro que foi retratado em Entrevista com Vampiro... |
| | | Isa
Louis (100)
Mensagens : 275 Data de inscrição : 10/06/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/12/2011, 8:42 pm | |
| bom, eu sabia que a historia podia ser um pouco distorcida da realidades pois estávamos percebendo somente o ponto de vista do Louis, por isso vemos o Lestat como um monstro na versão dele. Por outro lado, nao imaginava que ele iria inventar completamente uma cena, aliás, já não se trata um de ponto de vista diferente, mas uma mentira completa! Então em que agente pode confiar ao ler as Cronicas? Tudo pode ser mentira...
Pior que tinha gostado tanto daquela cena...Y-Y |
| | | nimb
Daniel (50)
Mensagens : 89 Data de inscrição : 26/09/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/15/2011, 4:14 am | |
| Comecei a ler esse livro hoje (OU ONTEM?), 21h, fiquei lendo até agora. Estou na página 190, é realmente ótimo. Mas é impressão minha ou o Lestat parece um pouco depressivo nesse livro? Ele não narra de seu modo tipicamente "bobão"; parece mais maduro, sério. Como já li livros posteriores (ordem é para fracos, rs), sei que o David vai acabar no corpo do James. (...) Poxa, não gostei disso. Por que ele tinha que acabar num corpo jovem dentro dos padrões de beleza mais comuns? O David tinha um corpo LINDO demais em suas próprias particularidades, convenhamos. Fora que essa história de todos os vampiros serem jovens e pegáveis nas obras da Rice me deixa meio chateado. Qual o problema de um vampiro ter um corpo velho? Tudo bem que me sinto digno de gerofilia falando assim, mas se a questão é que todos os vampiros sejam pegáveis, o que faz do antigo corpo do David não pegável? |
| | | nimb
Daniel (50)
Mensagens : 89 Data de inscrição : 26/09/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/15/2011, 4:31 am | |
| Entrando aí no assunto de vocês, livro no PC é lamentável, mesmo. Cheguei a ler só Coraline, 119 páginas. Fiz a merda de achar que 119 páginas era pouca coisa no pc, e li tudo em um dia. A conclusão foi que fiquei vendo uma tela branca com letrinhas quando fechava os olhos, por umas horas. |
| | | Danni de Lioncourt
Pandora (500)
Mensagens : 733 Data de inscrição : 21/07/2010 Localização : New Orleans, Louisiana. EUA
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/15/2011, 7:03 pm | |
| Creio que quando você acabar de ler o livro, irá entender o que levou o David a "ficar" com esse corpo. ^^ Eu gostava do David velho, não sei, parecia exalar sabedoria simplesmente pela aparência que tinha. Depois ficou um pouco estranho, mas continuo gostando dele. |
| | | nimb
Daniel (50)
Mensagens : 89 Data de inscrição : 26/09/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/15/2011, 9:42 pm | |
| - Danni de Lioncourt escreveu:
- Creio que quando você acabar de ler o livro, irá entender o que levou o David a "ficar" com esse corpo. ^^
Eu gostava do David velho, não sei, parecia exalar sabedoria simplesmente pela aparência que tinha. Depois ficou um pouco estranho, mas continuo gostando dele. Concordo plenamente. Ele velho era perfeito, po. Bom, hoje ou amanhã de madruga vou terminar de ler, aí digo o que acho... |
| | | nimb
Daniel (50)
Mensagens : 89 Data de inscrição : 26/09/2011
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/18/2011, 4:37 am | |
| Acabei e po, Lestat muito insano... |
| | | Danni de Lioncourt
Pandora (500)
Mensagens : 733 Data de inscrição : 21/07/2010 Localização : New Orleans, Louisiana. EUA
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 10/21/2011, 12:25 pm | |
| |
| | | Sara Angelys
Merrick (20)
Mensagens : 38 Data de inscrição : 22/04/2011 Localização : MInas Gerais
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 1/13/2013, 9:47 pm | |
| Entrando no assunto das mentiras do luois ele diz sim que o lestat chorou,,,, - Spoiler:
Eu estava sozinho com Lestat e ele chorava. Acho que demorou muito a parar, e durante esse tempo não fiz mais que observa-lo. pg-324. cheguei a ficar tambem em duvida em quem acreditar, ficou confuso por um tempo, mais observei que Louis é orgulhoso, é dificil para o orgulho aceitar que seus erros e se poder culpar alguem melhor ainda... Bom acabei de ler LDC , e decididamente dos 4 que ja li ele e ECV são os melhores, foi os que mais me surpreenderam, o v. lestat foi bom , mas o LDC, ver como o Lestat seria se fosse humano, foi o maximo, eu ficava so imaginando. Anem, Ele é hilario, adorei quando ele chiga a garsonete e etc.... tudo muito engrasado... bom pode se perceber que ele alem de insano, desculpe a palavra mais é meio burrinho ne não, achar que o sacana do james iria esprerimentar o poder e devolve-lo, qual é, tem que pensar um pouquinho Lestat. Cara eu sempre achei que Lestat era virgem ,serio, depois daquela cantada eu tinha certeza.kkkk e aquela historia de que era o terror das mocinhas da aldeia, foi uma surpresa.kkk Ta o louis não ter ajudado ele foi feio, mais previsivel estamos falando do louis, que ficou assistindo Lestat ser esfaqueado. Tambem achei que foi vingança, esses queitinhos e caladinhos vai por mim não guardam boas coisas..... Ha claudia nunca o deichara em paz.... Ele é tudo que ela diz.. adorei adorei mesmo e quando eu estava morrendo de do dele, achando ele o injustiçado, trapaciado pela vida..... ELE ME APRONTA AQUELA PRO DEIVID.....HHHAAA.. Situação engraçada, quando estava lendo e alguem diz que o ama e o odeia, eu pensei como pode ser isso, não essiste.... ai terminei o livro e estava odiando ele o chinguei muitoooo. Foi ai no ataque de raiva que descobri que ainda o amava.... entendi que era possivel ....kkkkk |
| | | Jacy
Merrick (20)
Mensagens : 32 Data de inscrição : 05/12/2012 Localização : Salvador
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 1/14/2013, 10:35 pm | |
| "Se vocês leram Entrevista com o Vampiro, sabem tudo a esse respeito. É a versão de Louis do tempo que passamos juntos..." "Se leram meus livros autobiográficos, O vampiro Lestat e A Rainha dos Condenados, sabem tudo a meu respeito, também. Conhecem a nossa história, pelo que ela possa valer...'
"...E também não vão encontrar aqui o elenco de milhares de figurantes que superlotaram A Rainha dos Condenados."
Não pude deixar de rir dessas passagens...quem tá falando, é o Lestat, ou a Anne Rice? rsrsrsrs |
| | | Jacy
Merrick (20)
Mensagens : 32 Data de inscrição : 05/12/2012 Localização : Salvador
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS 1/17/2013, 12:36 pm | |
| To no capítulo 09 e até agora a história não engrenou.
Posso dizer que é esse é o livro mais fraco das Crônicas??
É a primeira vez que não fico realmente empolgada com um livro da Anne. |
| | | Conteúdo patrocinado
| Assunto: Re: A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS | |
| |
| | | | A HISTÓRIA DO LADRÃO DE CORPOS | |
|
Tópicos semelhantes | |
|
| Permissões neste sub-fórum | Não podes responder a tópicos
| |
| |
| |
|