A Ilha da Noite
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A Ilha da Noite

Para aqueles que amam o maravilhoso mundo criado pela Mestra inigualável Anne Rice. Lestat, Louis, Armand, Marius, Mayfairs, A Talamasca... Todos estão aqui.
 
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 Rasgado, infame e destrutivo.

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TheDanSBS
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MensagemAssunto: Rasgado, infame e destrutivo.   Rasgado, infame e destrutivo. Icon_minitime6/19/2012, 2:09 am

Ah, bem, eu decidi criar esse tópico aqui para expor algumas das minhas criações... Acabei de terminar a primeira, e vou tratar, dependendo do meu humor, de quaisquer personagens da Anne Rice que eu conheça - infelizmente não li tantas obras, então os discursos não serão tão bons. Melhorarão depois. Mas estou deixando aqui uma carta de Louis para o Lestat, avisando que vai deixá-lo novamente (um milagre, já que ele sempre dá no pé sem precisar avisar, haha). Aqui vai. (:

"Não sei que dia é hoje e não me permito saber. Se houvesse alguma importância nisso, eu a retrataria. Mas nada consigo além de pensar no ontem, e no antes de ontem também, e nos anos passados que não se despediram de mim quando, ainda humano, eu soube quem era você. Aprendi a evitá-lo atrás de uma glória que jamais obtive. E também fui condicionado a não sentir por você o que assumo aqui, esperando, sinceramente, que você não retribua o mínimo possível do que expresso, já que o melhor para nós é a conclusão de fim cansativo que já sabemos qual é. Preciso odiá-lo, e precisas te desapontar comigo. E façamos assim.

Não devo procurá-lo durante alguns anos. Se desejas que eu fale do tempo, eu o farei, e digo que vou perdurar longe de ti por inúmeros meses, respeitando o meu silêncio e a minha vontade de me desprender o bastante para encontrar objetos de meu interesse. Estou atrás de uma razão que há muito se desfez. E me perdoes se o abandono nessa vez significativa que não te acostumas sequer um instante, e devo estar aflorando isso como nunca mostrei ao teu rosto imberbe, acreditando que o deixo inseguro por minha ida novamente.

Estou partindo, você sabe. Eu gostaria de lhe afirmar que sinto dor. Mas estou cansado demais para isso, afirmando apenas que devo sentir a tua falta em breve, pois em antecipação, nada me vem a não ser as recordações do que vivemos - os nossos malditos anos juntos e toda a façanha de nossa juventude acoplada que, como conhecedores da morte, permitiu-nos amar não só uma criança esbelta que me detestará pelo resto do que me atrevo, nessa liberdade, a chamar de vida, mas também todo o convívio bom que anulei de minha história, que fizeste a audácia de retratar em um de teus capítulos que deixaste à venda.

Mas encerro os dizeres por aqui. Quase, na verdade. Pois a manhã virá. E lhe deixo este recado agora, implorando, certamente, para que não me sigas, e para que esperes por mim.

Afinal, quando verdadeiramente o des
apontei?"

Louis de Pointe du Lac
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MensagemAssunto: Re: Rasgado, infame e destrutivo.   Rasgado, infame e destrutivo. Icon_minitime6/19/2012, 12:10 pm

Promissor! Promissor!

Manda mais!!! bounce
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MensagemAssunto: Re: Rasgado, infame e destrutivo.   Rasgado, infame e destrutivo. Icon_minitime6/19/2012, 3:46 pm

*-------* muito Louis... depressivo e sempre apaixonado pelo nosso princípe moleque... kkkk...

Gostei... XD

Posta mais... [2]
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MensagemAssunto: Re: Rasgado, infame e destrutivo.   Rasgado, infame e destrutivo. Icon_minitime6/19/2012, 5:17 pm

Acredito já fazer muito tempo desde a última vez em que escrevi. Na verdade, vim apenas narrar a minha última aventura ao lado de Louis, meu doce e fiel companheiro que, neste momento, mantem-se apoiado no parapeito de nossa janela em New Orleans, na Rue Royale, temendo sinceramente que mais uma vez eu me empolgue. Mas não quero evitar esse momento. Diria que estou feliz , vendo aquela cascata negra descendo por seus ombros imortais até se bagunçar nas costas, maleáveis demais para o seu corpo rijo. E aproveitando que o seu interesse por mim agora é nulo - já que deve estar impaciente, obviamente não me chamando -, digo-lhes, antes de mais nada, que é bom reencontrá-los, e que esta história se data de um acontecimento de quase uma hora, quando eu, impaciente, quebrei a porta desta casa para que Louis me aceitasse.

Início, meio e fim

Aquela era a nossa casa. Era receptiva para nós, apenas. E para David, se quisesse vir. Mas ele estava de viagem. E solitário, busquei a melhor companhia para um vampiro: alguém necessitado e incapaz de assumir sempre que precisa de mim. Louis, afinal de contas. Eu não lhe disse que o visitaria essa noite. Mas não imaginara que ele deixaria toda a recepção e saudades de mim para se entreter com algum livro de romance melado. E impaciente, esmurrei a porta da casa apenas uma vez, vendo-a se partir o bastante para que com apenas um pé eu a empurrasse.

A figura magra e sem vida estava na sala. E ergueu os olhos para mim em um pequeno solavanco mortal, mantendo-se impassível e descrente com o meu ato. Jurei ter visto surpresa em seus olhos.

- Você quebrou a porta. - disse ele. Uma conclusão óbvia vinda de seus lábios. Eu devia tê-lo assustado. Então ri, caminhando e me lançando em uma poltrona.

- Vim vê-lo. Como está? - expus um sorriso longo e o esperei fechar o livro, decidido a dar atenção a mim. Arrastou-se até que as suas costas repousassem no alto do sofá, e fiquei emocionado ao vê-lo menear a cabeça ao assentir que estava bem, voltando o seu foco à nossa conversa. Sempre era dilacerante convencê-lo a largar os próprios desejos para que me adornasse. Pena que isso era raro - Ah, sim, a porta quebrada lhe chateou? Posso consertá-la após a nossa viagem. - novamente sorri.

- Viagem? - novamente um bem estar ao ouvir a sua voz macia. Estava curioso e moderado. Deixara de lado a porta. Não iria cobrar que eu a aprumasse. Sabia que eu o faria por ser harmônico com os móveis.

- Sim, para o Egito. Quero que venha comigo. Podemos cavar túneis e invadir as covas dos faraós. Dormiríamos ao lado de poderosas múmias. Isso não é fascinante? -

Eu sabia que ele negaria um pedido daqueles. E que nem precisaria mover os lábios para isso. Sua quietude plena me fez ter a certeza de que eu acabaria o arrastando para longe sem a sua própria vontade. Mas eu não queria tê-lo ao meu lado por dolorosa insistência. Queria que ele viesse. Que não se negasse como na maioria das vezes. E esperei paciente quando o vi pender a cabeça acima de um dos ombros, apertando discretamente o braço do sofá, deixando de me observar por um instante. Ah, meu belo Louis. Também sentia a minha falta. Mas aquele pedido devia ter-lhe soado patético. E buscava um modo de contornar isso.

- O Egito já foi muito explorado. Por que não vamos a outro lugar? - enfim, sorriu levemente, mas não omitindo o cinismo suave de seu desespero. Quase ri dele.

- E para onde você quer ir? - arqueei as sobrancelhas, esperançoso.

Louis refletiu por um momento. E acabou falando inseguro:

- O Triângulo das Bermudas, talvez... -

Se eu fosse mortal, teria movido as pálpebras mais vezes. A cada palavra dita, Louis se arrependia daquela oferta. E eu repentinamente me ergui, quase me lançando sobre ele quando me acomodei ao seu lado no sofá, agarrando-lhe o corpo e deixando a garganta emitir um riso sonoro.

- Eu não sabia que estava tão eufórico. Se me pedisse, eu viria mais cedo. - eu ainda ria, e ele se manifestava para que eu desistisse da viagem.

- Lestat, não falam bem deste lugar. Pode ser... -

- Perigoso? Mas o que é perigoso para nós? Já vivi tanto. E você me trouxe uma novidade, Louis, agora. Compartilhe isso comigo. Vamos, eu sei que sentes saudades. Estava esperando por mim? -

- Eu estava lendo antes de você decidir vir e quebrar a porta. - uma resposta áspera e simples para que eu ficasse contido. Eu estava quase rindo mais! Ao menos ele não se desvencilhava dos meus braços.

- Você demorou a me atender... E esta casa é minha também. Então vamos. Se formos viajar, que seja agora! Não podemos perder essa oportunidade. - eu não morreria amanhã, era certo, mas não queria manter os pés na sóbria e incólume Nova Orleans, precisando, como diriam os mortais, de ares novos. Beijei rapidamente o rosto de Louis e me ergui, seguindo ao meu quarto. Ele também havia se movido e me acompanhava nos calcanhares. Estava nervoso. Viagens repentinas eram desastrosas na maioria das vezes - falo de nós. E ele certamente não queria que partíssemos agora.

- Lestat... - começou ele. Eu não queria um discurso, então já me servia do guarda-roupas para encontrar uma mala. Achei-a e a lancei sobre a cama.

- Nós vamos viajar. -

- Espere até amanhã. -

- Mas amanhã você já estará sem vontade. Não seja chato. -

Se ele pudesse, estaria respirando fundo. Sua paciência era excepcional. Mas não os seus bons modos quando eu insistia em contrariá-lo.

- Não tenho como aprontar algo agora. - insistiu ele, inventando um empecilho qualquer.

- Você mente. E já vamos partir. -

- Você não está me ouvindo. -

- E você não me obedece. Eu disse que partiremos. Vou lhe levar à força se não quiser vir. -

Aquilo o espantou. Arregalou os olhos, incrédulo, e logo o seu mento enrijeceu. Eu não queria fazer aquilo, mas precisava.

- Você não poderia... -

- Ah, eu posso muitas coisas. Inúmeras, na verdade. E posso todas. E sou bom em todas elas. Quando achou que poderia me evitar? O para sempre dos seus romances não existe. Eu vim para vê-lo, e vou levá-lo comigo. E me chame de impossível, vamos. Ofenda-me se quiser. Eu vou guiá-lo nem que tenha de prendê-lo acima do meu ombro. Você iria balbuciar tanto que... -

- Chega. - dessa vez ele foi rude e cortou o meu assunto - O que você espera com isso, que eu me doe?

- Que me aceite. Que aceite que eu vim para vê-lo e que você sempre recusa os meus pedidos. Não seja difícil. - ergui uma das mãos e a movi como se apagasse algo no ar; uma vela, por exemplo. Um gesto exagerado.

- Está duvidando de mim? - oh, uma ameaça. Eu feri a sua masculinidade, fazendo-o se achar doce e sutil demais. Melhor acalmá-lo, ou ele arrancaria a mala de minhas mãos e iria destroçá-la impiedoso.

- Você me ama, não é? -

Não houve resposta.

- Acompanhe-me. Não vai ser tão ruim. Terei sempre de insistir? -

- Os seus lugares de visita são ultrajantes. - ele ainda estava irritado. Era contido, mas o rosto estava firme.

- Melhor do que ficar estático sob a lua a ler um livro sempre. Cinco dias, apenas. Por favor, acompanhe-me. - ele continuava inerte. Se eu o ofendesse mais uma vez... - Eu não escolheria um lugar que fizesse mal a você. -

Finalizei. Então ele pareceu suspirar e deve ter reconsiderado a própria irritação.

- Vou esperá-lo na sala. -

- Não vai levar nada? - perguntei sem ser displicente.

- Já terei o suficiente a carregar. -

Ele virou as costas, e eu ri. Caminhara até uma janela ao sair de meu quarto. E eu agora termino de escrever, pensando se a nossa viagem vai deixá-lo otimista. E sim, terminarei de escolher as roupas... Não posso demorar. Trarei lembranças a todos, é claro. E pensem em mim sempre que possível.

De seu adorado e encantador,

Lestat de Lioncourt
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MensagemAssunto: Re: Rasgado, infame e destrutivo.   Rasgado, infame e destrutivo. Icon_minitime6/19/2012, 5:29 pm

kkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Sugooooi... XD fiquei curiosa... quero ver a continuação agora...
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MensagemAssunto: Re: Rasgado, infame e destrutivo.   Rasgado, infame e destrutivo. Icon_minitime6/20/2012, 3:07 pm

Obrigada, realmente. (:

O próximo escrito que eu enviar será um amor - não mesmo. Farei o Lestat - talvez em parceria com o Armand - dar um rato de presente ao Louis.
Aguardem por sangue, porque vai haver. HAUHIAHIUAHEHAIUEHAIEHIAU

Até mais. (:
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MensagemAssunto: Re: Rasgado, infame e destrutivo.   Rasgado, infame e destrutivo. Icon_minitime

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